Brasília ? "Não é possível elevar, neste momento, o salário mínimo para R$ 400", afirmou hoje (29) o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Mas, segundo ele, está sendo discutida, com o movimento sindical, "uma política permanente de valorização do salário mínimo". "Para que, independente de qual seja o governo", se possa garantir um mínimo de valorização, afirmou

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Marinho disse que irá se encontrar hoje, às 17h, com representantes do movimento sindical para tratar do assunto. Também será discutida a correção da tabela de isenção do Imposto de Renda, segundo o ministro. Marinho diz que devem participar da reunião, além dele, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef e "provavelmente Luiz Dulci", ministro da Secretaria Geral da Presidência.

Marinho participou hoje de uma entrevista coletiva, com o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, na Rádio Nacional de Brasília, em conjunto com a Rádio Nacional da Amazônia e a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, além de emissoras que compõem a rede nacional de rádio. O tema foi a diminuição da desigualdade no país, registrada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Marinho disse que é importante garantir o aumento da distribuição de renda de maneira sustentável e não "provocar mudança abrupta, gerando problemas para a economia". "Agora, é possível levar o salário- mínimo acima dos R$ 321, que já está aprovado no Congresso Nacional, de forma a garantir que teremos um ganho real nele", afirmou, referindo-se à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que define as metas do governo para o ano que vem.

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