Brasília – O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira (31) que a organização criminosa desarticulada pela Operação Navalha, da Polícia Federal, não fraudou obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo Tarso, a informação foi passada pelo Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza, que pediu uma investigação sobre os autos do inquérito.
?Tive uma conversa com o procurador. Ele me autorizou informar publicamente que ele mandou fazer uma devassa nos autos do inquérito e que não tem nenhuma obra do PAC comprometida por ação dessa quadrilha?, afirmou o ministro da Justiça após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A investigação apontou irregularidades envolvendo vários estados e o governo federal, como, por exemplo, um assessor do Ministério de Minas e Energia, que tem muitas obras para a geração de energia no país e programas de inclusão energética como o Luz para Todos, todos incluídos no PAC.
A Operação Navalha foi deflagrada em nove estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal, e apontou 48 suspeitos de envolvimento em fraudes e aliciamento de agentes públicos para que fosse obtido favorecimento em obras públicas.