São Paulo – Nos últimos três anos, o Brasil passou da 27ª para a 24ª posição no ranking mundial de produção de peixes, e tudo indica que o país tem condições de elevar a oferta de 1 milhão de toneladas para algo em torno de 9 a 10 milhões de toneladas anuais, nos próximos 15 anos.
A afirmação foi feita hoje (15) pelo ministro da Pesca, José Fritsch, à Agência Brasil , logo após participar da cerimônia de abertura da 2ª Conferência Nacional de Aqüicultura e Pesca, em Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, onde foi discutido o tema Consolidação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aqüicultura e Pesca. O encontro foi o 14º de um total de 27 conferências que se encerram no dia 9 de março, com o objetivo de definir ações de médio e longo prazo no setor.
Segundo o ministro, em todos os contatos que fez, até agora, com pescadores, armadores, maricultores, aqüicultores e outros profissionais da área, a opinião predominante é que "o setor mudou da água para o vinho e que foi uma medida muito acertada do presidente Lula criar uma política em benefício da pesca artesanal, enfim, de valorização de ações que estão gerando emprego e renda".
Além de valorizar as atividades, observou o ministro, as medidas têm ajudado a melhorar a qualidade dos produtos no mercado e a ampliar a presença do pescado na mesa do brasileiro. O consumo aumentou de 6,8 quilos por pessoa ao ano para 8 quilos, e a "tendência é de crescer ainda mais", salientou Fritsch.
Para ele, é possível aproveitar melhor o potencial pesqueiro em São Paulo. Por isso, a Secretaria de Aqüicultura e Pesca tem destinado expressivos investimentos ao estado. Em 2005, foram aplicados R$ 4,9 milhões em projetos como o de construção de uma processadora de pescado, em Monte Aprazível, e de um laboratório de produção de alevinos de peixes marinhos, em Ilha Comprida. A secretaria vai ainda repassar R$ 1,8 milhão para a construção do Terminal Pesqueiro Público de Cananéia e mais R$ 4 milhões para o terminal de Santos.
