Ministro diz que adotou todas as medidas para conter crise nos aeroportos

Brasília – Depois de coordenar nesta sexta-feira (17) a primeira reunião do grupo de trabalho interministerial encarregado de propor soluções para os problemas no controle do espaço aéreo brasileiro, o ministro da Defesa, Waldir Pires, garantiu que o governo está adotando todas as medidas possíveis para diminuir a crise nos aeroportos do país.

?Estamos rezalizando todas as medidas possíveis. Não há medidas outras pelo simples fato de que estamos com escassez de controladores [de vôo]?, afirmou, em entrevista após a instalação da comissão.

Ao ser questionado se as ações teriam reflexo no movimento nos aeroportos durante as festas de fim de ano, evitando atrasos nos pousos e decolagens, Pires disse apenas que espera que a população não seja prejudicada. ?Estamos esperando que haja o máximo de esforço e solidariedade à população do conjunto dos controladores civis e militares?.

Segundo o ministro, uma das medidas de curto prazo é a contratação emergencial de 60 controladores recentemente aposentados para reforçar as equipes nos principais aeroportos.

Esses profissionais trabalharão até dezembro de 2007. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou que seis deles iniciaram o treinamento hoje e outros 11 devem ser chamados nos próximos dias.

De acordo com a Aeronáutica, o tempo de treinamento é individualizado e pode variar em função da experiência e do tempo de afastamento, entre outros fatores. Todos controladores vão atuar no Cindacta 1 de Brasília, onde estão sendo treinados.

A Aeronáutica também remanejou 18 controladores de outros centros para Brasília até a situação se normalizar. Outra medida, segundo Pires, é ampliação dos cursos de formação de controladores nas escolas de Guaratinguetá e São José dos Campos.

A realização de concurso público para a contratação definitiva de 64 controladores foi outra medida destacada pelo ministro. A portaria que autoriza o concurso já foi publicada no Diário Oficial da União.

Pires lembrou que, como a legislação proíbe a realização de concursos públicos por 60 dias depois da eleição, é preciso esperar esse período para aplicar as provas.

A próxima reunião do grupo está marcada para quarta-feira (22), às 10 horas. Segundo o ministro, os encontros serão semanais. ?Se for necessário, abriremos grupos de trabalho por especificidades de setor?.

Fazem parte do grupo representantes dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, da Advocacia-Geral da União, do Comando da Aeronáutica, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e dos sindicatos nacionais dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, dos Aeronautas e das Empresas Aeroviárias.

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