Salvador – O ministro das Relações Institucionais Jaques Wagner assumiu a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de mais um pacote de críticas do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o cardeal-arcebispo dom Geraldo Majella Agnelo. Na quinta-feira, o religioso disse que Lula precisa "ver mais" para enxergar os atos de corrupção denunciados pelas CPIs.

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Wagner qualificou as declarações de dom Geraldo de "deselegantes", assinalando não ver justificativa para as críticas constantes do presidente da CNBB ao governo. "Tenho o dever de defender o governo ainda mais depois que foram divulgadas pesquisas indicando a diminuição nos índices de miséria do Brasil", comentou o ministro, para quem o cardeal precisa se informar melhor sobre as realizações do governo. Na visão de Wagner o Planalto tem destacados programas sociais como o Bolsa Família e o Agricultura Familiar. "Por essa razão não concordo com as declarações do presidente da CNBB", disse.

Além de cobrar uma melhor visão de Lula para os casos de corrupção no governo, dom Geraldo considerou irrelevante os índices de diminuição da pobreza, insistiu que o governo federal tem um grande "passivo social" e aconselhou ao próximo presidente da República, a ser eleito em 2006, fazer promessas de alcance popular e que possam ser cumpridas, numa indireta às promessas não-cumpridas do petista. A assessoria de dom Geraldo Majella Agnelo disse hoje (25) na capital baiana que ele não comentaria as declarações do ministro Wagner.

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