O ministro do Tribunal de Cotas de União, Marcos Vinícius Vilaça, defendeu hoje a implementação, pelo governo federal de uma política nacional de incentivo ao hábito da leitura.
"Quando morre um velho na África, os africanos dizem que é como se tivesse sido queimada uma biblioteca, tal a carência que eles têm de livros. No Brasil não estamos nessa situação, mas é preciso ampliar a distribuição de livros, a instalação de biblioteca fixas e ambulantes para levar as publicações até os leitores", observou.
Vilaça também enfatizou que há necessidade de desenvolver um trabalho intensivo, no sentido de tornar conhecidos os escritores jovens. Ele informou que neste ano está sendo editado o mesmo número de livros que em 2004. Na opinião do ministro, a constatação de que está havendo imobilização do público leitor é um sinal negativo, já que "não existe desenvolvimento sem cultura".
O ministro, que é pernambucano, foi o homenageado na 5ª Bienal do Livro, aberta hoje em Recife. Ele fará palestra sobre o livro Coronel, Coronéis, que escreveu há 40 anos. A obra, traduzida em francês e alemão, trata do fenômeno da dominação política, econômica e social exercida pelos fazendeiros do interior, os chamados de coronéis.
Os organizadores da bienal, que termina no dia 15, estimam em 350 mil pessoas o público durante os nove dias do evento.