Ministro das Comunicações propõe alteração do nome da CPI dos Correios

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, quer mudar o nome da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Hoje (28), ele entregou ao presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), um ofício em que pede, em nome dos 108 mil empregados da estatal, a substituição do nome "CPI dos Correios".

Segundo Hélio Costa, a denominação está prejudicando a imagem da empresa. "O prejuízo começa no próprio contato diário dos representantes da empresa que são os carteiros, por exemplo, que estão no Brasil inteiro", explicou. "Alguns deles estão sendo submetidos a algumas situações humilhantes, vexatórias, em que as pessoas estão associando o ilícito, toda essa situação absolutamente deprimente, com a figura dos Correios, dos carteiros, das pessoas que trabalham nos Correios".

Costa afirmou que os parlamentares não estão mais discutindo a proposta inicial da comissão. "Passou por uma fase em que se aceitou essas denúncias (de corrupção nos Correios), que estão sendo investigadas pela Polícia Federal. Já estamos há três semanas discutindo coisas completamente diferentes: financiamento de campanha, lavagem de dinheiro, essas coisas todas. E eu não vejo, neste momento pelo menos, associação dessas coisas com os Correios", ressaltou.

O deputado Welinton Fagundes (PL-MT), que também participou da reunião, chegou a apresentar um requerimento à CPMI para que o nome seja alterado. "É perfeitamente possível a comissão aprovar a mudança do nome, ser remetida ao Congresso Nacional em homenagem a essa empresa que tem uma imagem internacional", defendeu Fagundes. O deputado do PL quer que a comissão passe a se chamar "CPI da corrupção Valeriana". Hélio Costa, por sua vez, sugere o nome "CPI do combate à corrupção".

No entanto, o senador Delcídio Amaral entende que o nome não pode ser alterado. "Pelo menos dentro daquilo que eu sei, regimentalmente, nós não poderíamos alterar em função do fato gerador e em função disso ter sido aprovado no Congresso Nacional", explicou. Ele se comprometeu, porém, a discutir o assunto com os demais parlamentares.

"Regimentalmente, pelo menos no meu ponto de vista, o nome não pode ser mudado. Agora, vou levar esse assunto à comissão e vou pedir à assessoria jurídica da CPI para fazer essa análise e vou apresentar na reunião administrativa da CPI na terça-feira o requerimento do deputado Wellington Fagundes", declarou.

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