Rio de Janeiro – O Ministério da Saúde deve iniciar ainda este mês um processo de auditoria em 1,6 mil convênios firmados com cerca de 600 municípios. A previsão é do ministro da Saúde, Agenor Álvares.
Segundo ele, o objetivo da auditoria é mapear as possíveis condições que possibilitaram a ocorrência do esquema investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas.
O início da operação estava marcado para a semana passada, mas foi adiado para que os técnicos do Ministério da Saúde pudessem avaliar os resultados de um projeto-piloto de auditoria realizado em municípios próximos a Brasília. O trabalho contou com o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU).
"O pessoal está avaliando agora como foi o resultado desse piloto. É uma equipe composta por três pessoas, todos especialistas na área de contabilidade e serviços de saúde?, explica o ministro da Saúde.
De acordo com ele, será realizado um amplo treinamento dos funcionários do ministério para que nas auditorias e prestações de contas haja a "consciência e a certeza de investigar a fundo todos os procedimentos informados?.
A partir da instalação da CPMI dos Sanguessugas, o Ministério da Saúde também cancelou todas as senhas usadas no sistema de informação do órgão para projetos de emendas. Agora, o parlamentar terá uma senha de uso exclusivo para fazer as suas indicações de emendas e, outra, só para acompanhamento para saber se a proposta foi aprovada.