O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, inaugura amanhã o primeiro presídio federal de segurança máxima do País, em Catanduvas, no Paraná. Marcos Camacho, o Marcola, dirigente do Primeiro Comando da Capital (PCC), que liderou recente onda de rebeliões nos presídios paulistas, deverá estar entre os 150 inquilinos que vão inaugurar o presídio. Só de São Paulo, foram selecionados 40 detentos altamente perigosos para possível transferência. Os demais virão de Estados do Sudeste e do Sul com problemas crônicos nos seus sistemas prisionais, como Espírito Santo e Rio de Janeiro.

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Com capacidade para 200 detentos em celas individuais, o presídio de Catanduvas começa a ser povoado em julho. As 50 vagas restantes ficarão como reserva técnica para acomodar detentos retirados de algum estado com problema emergencial. Um grupo de 164 agentes – 144 homens e 20 mulheres – assume seus postos a partir de segunda-feira. Segundo informou o Ministério da Justiça, o presídio será monitorado 24 horas por dia por cerca de 200 câmeras de vídeo.

Outros quatro presídios federais, todos com 200 vagas cada, estão programados para serem entregues até o final de 2007. O próximo a ser inaugurado é o de Campo Grande (MS), em agosto. O objetivo do sistema penitenciário federal é funcionar como uma espécie de estoque regulador para abrigar bandidos de alta periculosidade, que comprometam a segurança dos presídios dos estados e desarticular cadeias de comando do crime organizado.

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