O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira (31) que o Ministério Público Federal (MPF) avalia que as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) não foram comprometidas pela máfia investigada pela Polícia Federal na Operação Navalha. Em entrevista no Palácio do Planalto, Genro relatou que o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza afirmou ter feito uma "devassa" nos autos da operação. "Não tem nenhuma obra do PAC comprometido por causa das ações dessa quadrilha", ressaltou Genro.
Na entrevista, logo após uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro rebateu críticas a supostos "excessos" da Polícia Federal. Tarso Genro disse que pediu à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que apresentasse os "fatos concretos" para que o Ministério da Justiça pudesse investigar as atuações dos agentes.
A uma pergunta sobre os delegados federais afastados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro evitou polemizar. "Um ministro da Justiça não manifesta opinião sobre uma decisão da Justiça, cumpre", disse. Os delegados em questão são Zulmar Pimentel, segundo na hierarquia da instituição, e Cesar Nunes, superintendente na Bahia. Pimentel estava na disputa para comandar a PF.