São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou nesta terça-feira (01) o recorde da balança comercial brasileira em julho, que fechou o mês com superávit de US$ 5,638 bilhões.
Para Mantega, o bom desempenho das exportações está associado ao crescimento sustentado da economia, ?obtido graças à estabilidade de preços, o cumprimento da política de responsabilidade fiscal e a redução da vulnerabilidade externa?.
A diversificação de mercado, segundo o ministro, com a divulgação da marca brasileira e as ações desenvolvidas por meio dos programas de promoção comercial da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), também foram essenciais para que o país atingisse a atual posição.
O ministro acredita que o comércio externo deverá continuar se expandindo. Mantega também enfatizou que esse cenário favorecido é um dos motivos pelos quais a moeda brasileira vem se valorizando frente ao dólar. O outro é a entrada de dólares por meio de investidores.
Para atenuar os efeitos dessa valorização, que é criticada pelos exportadores e apontada como um desestimulador dos negócios, o ministro afirmou que o governo deve continuar recorrendo aos mecanismos de intervenções no mercado de capitais.
Ele revelou que desde 2003 foram resgatados US$ 150 bilhões em títulos cambiais. Além disso, apontou as recentes medidas cambiais, anunciadas na semana passada, que prevêem a redução dos custos operacionais sobre os negócios feitos fora do país.
Durante a sua exposição no Terceiro Fórum de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, o ministro assegurou que existem todas as condições na economia para que o país atinja neste ano a meta de 4,25% de superávit primário do setor público (a soma das arrecadações, menos despesas, sem a contabilidade dos gastos com o pagamento de juros).
O ministro apontou ainda como ?bastante realista? a previsão de se alcançar aumento de 4% a 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) – a soma das riquezas produzidas no país. De acordo com o ministro, a solidez econômica conquistada nos últimos três anos, garante que nos próximos anos o PIB manterá um crescimento em torno dos 5%.
O ministro ressaltou ainda que o governo permanecerá atento para manter a inflação sob controle e advertiu que todo e qualquer abuso de preços será imediatamente combatido.
?Não hesitaremos em reduzir as alíquotas de importação?, para neutralizar as correções exageradas e que possam exercer pressão sobre a taxa inflacionária por meio de compras dos itens similares do exterior.