O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (4) que, na atual conjuntura positiva pela qual a economia brasileira passa, "é inevitável uma valorização do real". Segundo ele, é impossível que o Brasil, com as condições atuais dos fundamentos macroeconômicos, sobretudo da balança comercial, não registrem uma apreciação da sua moeda.

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Em abril, segundo dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as exportações atingiram volume de US$ 4,203 bilhões, e as vendas externas no primeiro quadrimestre deste ano cresceram 16,8%, ante o mesmo período do ano passado.

O ministro comentou que o governo está preocupado com uma eventual valorização excessiva do real e, por isso, quer colaborar para o aumento da competitividade do setor produtivo. E citou, como exemplo, a redução de custos tributários, financeiros e de obras de infra-estrutura, especialmente com a adoção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Empresas

"Ou as empresas ficam mais competitivas ou vão perecer", alertou Mantega. Ele exortou os grupos empresariais brasileiros a se tornarem mais eficientes, devido aos avanços da concorrência internacional promovidos pela globalização. "A disputa está cada vez mais acirrada", comentou.

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Segundo Mantega, as empresas brasileiras precisam investir mais no aumento da competitividade. "Elas precisam renovar tecnologia e comprar máquinas mais baratas e disputar mercados com as empresas estrangeiras", diagnosticou.