Amanhã (29), enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiver voando de
volta para o Brasil depois de visitar a Coréia e o Japão, o ministro da
Agricultura, Roberto Rodrigues, estará a caminho da Nova Zelândia e da
Austrália.
Na primeira parada, vai conhecer o sistema de financiamento
privado para pesquisa de ponta em agropecuária.
Na segunda, vai tentar
vender tecnologia para fabricação do etanol. "Os australianos têm cana-de-açúcar
e queremos ver se eles se interessam em produzir álcool", explicou o ministro,
dias antes da viagem. "Assim, sobra mais mercado de açúcar para nós."
Não
que produzir álcool seja mau negócio. Os orientais, a seu modo metódico, estão
interessados em incluir o etanol em sua matriz energética para reduzir a
poluição e o efeito estufa, segundo compromissos assumidos no Protocolo de
Kioto.
No entanto, não querem ficar dependentes do Brasil, que desponta
como o grande fornecedor mundial do produto.
Sabedores dessa situação, os
negociadores brasileiros vêm desde o ano passado, tentando convencer outros
países a também produzirem etanol, de modo a transformá-lo em uma
commodity.
A tecnologia brasileira foi oferecida a países tão diferentes
como China, Vietnã, Cuba e Haiti.