O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, disse nesta quinta-feira (31) que os médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não devem tirar proveito político da morte do perito José Rodrigues de Souza para realizar uma paralisação da categoria. "Espero francamente que os peritos não façam essa bobagem de entrar em greve de protesto de 48 horas", afirmou.
A paralisação de dois dias começa nesta quinta e, segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência (ANMP), tem adesão de médicos de todo o país. O médico José Rodrigues de Souza foi assassinado esta semana com um tiro na cabeça por um segurado do INSS em Patrocínio (MG).
Essa é a segunda morte de perito em menos de um ano. Em setembro de 2006, a perita Cristina Felipe da Silva foi assassinada na porta de casa, em Governador Valadares (MG). De acordo com ANMP, depois disso, os peritos decretaram greve por tempo indeterminado, mas, retomaram ao trabalho após três dias de paralisação por que o ministério se comprometeu a cumprir uma série de reivindicações.
"Não podemos de maneira alguma aproveitar de uma tragédia para uma eventual associação querer tirar proveito político de um processo como esse. Querer ganhar representatividade em cima de uma tragédia de uma família, da comoção de uma cidade", disse o ministro da Previdência.