Rio de Janeiro – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se reuniu nesta sexta-feira (18) com 60 empresários do Rio de Janeiro para apresentar o Consórcio Social da Juventude, voltado para jovens de 16 a 24 anos de idade que vivem em situação de vulnerabilidade social. O consórcio integra o programa Primeiro Emprego.
Durante cinco meses, os jovens oriundos de famílias com renda per capta de até meio salário mínimo recebem capacitação profissional de organizações não-governamentais. No período, ganham quatro parcelas de R$ 150.
No Rio, o consórcio é coordenado pela ONG Ação Comunitária do Brasil, e já está na terceira edição. Este ano, mais de dois mil jovens estão sendo capacitados por 22 entidades.
?Na medida em que o empresário toma consciência da situação do país e da qualidade dos profissionais e cidadãos que saem do Consórcio da Juventude, ele faz a adesão rapidamente?, disse o ministro.
Arlindo Antunes, sócio de uma empresa de franquia, já aderiu ao consórcio. Ele disse que o contrato desses jovens gera benefícios para todos. ?Essas pessoas agregam valor à empresa. Elas aumentam a auto-estima dos próprios funcionários, do proprietário da loja, dos clientes. É bom para todas as pessoas?, afirmou.
Maitê Calado, de 21 anos, recebeu capacitação do Consórcio da Juventude no ano passado. Ela aprendeu a trabalhar com eventos de moda e conseguiu um emprego. ?Eu vejo o consórcio como uma referência de oportunidade. O jovem está cansado de ser tratado como coitadinho, incompetente. Ele não é isso, o jovem é trabalhador, tem idéias e quer, sim, oportunidades?, disse.
As organizações não governamentais que integram os consórcios da juventude têm a obrigatoriedade de colocarem pelo menos 30 % dos jovens no mercado de trabalho. De 2003 até agora, mais de 62 mil jovens já foram capacitados pelos consórcios, que existem em 21 capitais e outras 11 cidades do país.