Ministro anuncia que ensino superior privado poderá ser totalmente financiado

Brasília – O governo poderá financiar até 100% das mensalidades do ensino superior privado ou exigir o engajamento dos estudantes em atividades sociais para expandir o acesso ao nível superior. As medidas podem integrar os novos critérios de inclusão no Programa de Financiamento Estudantil (Fies) no Programa Universidade para Todos (ProUni) e estão em estudo pelo Ministério da Educação.

A informação foi dada hoje (12) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante a divulgação do Censo da Educação Superior 2005. O levantamento constatou que apenas 10,9% dos estudantes jovens, entre 18 e 24 anos, estão matriculados no ensino superior, número bem distante da meta de 30% estabelecida para 2011 no Plano Nacional de Educação.

Segundo Haddad, as propostas de mudança no Fies e no ProUni serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião no Palácio do Planalto na próxima semana. Ele salientou que o Ministério da Educação ainda não fechou posição sobre qual proposta levará ao presidente, mas confirmou que o financiamento integral das mensalidades e a participação dos beneficiados em atividades extracurriculares estão sendo debatidas internamente.

De acordo com o ministro, em vez de devolverem o valor emprestado após a conclusão do curso, os estudantes poderiam ser mobilizados para cuidar de crianças que ficarem mais tempo nas escolas. A experiência se baseia em programas similares adotados pelas prefeituras de Belo Horizonte e Nova Iguaçu (RJ). Na avaliação do ministro, seria bastante útil caso o Congresso aprove o projeto que institui a jornada integral no ensino fundamental.

Haddad destacou várias medidas adotadas pelo governo para estimular o acesso ao ensino superior, como a criação de dez instituições federais de ensino superior em 2005 e o programa Universidade Aberta. Voltado para a formação de professores do ensino básico com base no ensino a distância, o programa instalará 300 pólos municipais, que receberão computadores que deverão ser responsáveis, nas estimativas do ministro, por 60 mil novas matrículas no próximo ano.

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