Brasília ? O valor da recuperação das rodovias brasileiras representará uma redução de custo nos próximos anos equivalente ao que está sendo investido, estima o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Segundo ele, o valor investido é R$ 350 milhões e não os R$ 440 milhões que têm sido divulgados.
O ministro informou que o Programa Emergencial de Trafegabilidade e Segurança nas Estradas (Petse), conhecido como operação tapa-buracos, tem durabilidade de um ano e o custo por quilômetro varia entre R$ 2,4 mil e R$ 30 mil.
Iniciada em 9 de janeiro, a operação previa inicialmente a restauração de 26 mil quilômetros, mas, de acordo com Nascimento, após nova revisão, o número foi reduzido para aproximadamente 23,9 mil quilômetros. Desses, 6,4 mil quilômetros foram dispensados de licitação pelo caráter emergencial da obra. "É uma ação complementar a um trabalho mais duradouro", explicou Nascimento.
O ministro lembrou a responsabilidade dos estados na má conservação de parte das estradas brasileiras após a estadualização de cerca de 14 mil quilômetros de rodovias em 2002. De toda a extensão a ser recuperada sem licitação, 2,8 mil quilômetros correspondem às rodovias que estão sob a responsabilidade dos estados.
O ministro participa hoje (14) de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado onde fala sobre a operação tapa-buracos. Ele respondeu as perguntas dos senadores sobre a eficiência da operação e sobre a aplicação dos recursos e afirmou ter a certeza de que o dinheiro público está sendo bem aplicado e de que fiscalização realizada nas obras é eficiente.
As obras incluem também intervenções como a recomposição de pequenos trechos contínuos, recapeamento, restauração de pavimento e da sinalização horizontal, além da recuperação de pontes. As operações tapa-buracos deverão ser concluídas em 90 dias, e as obras mais complexas, até o mês de agosto, segundo previsão do ministério.
