O ministro da Previdência, Nelson Machado, afirmou nesta segunda-feira (31) que não se pensa, dentro do governo federal, um projeto para uma nova reforma da Previdência Social, que já acumula déficit superior a R$ 40 bilhões. Segundo Machado, estudos analíticos sugerem que um maior crescimento econômico, por si só, seria suficiente para equalizar as contas previdenciárias; e que essa deve ser a linha adotada pelo governo federal, no caso de um segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"O presidente não está pensando em uma reforma que tire direitos do trabalhador. A coisa mais importante é o crescimento econômico. Com crescimento, a equação e as projeções (de déficit) mudam significativamente", disse o ministro, também citando um estudo que chegou a uma conclusão de que um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em torno de 6% por dez anos, zeraria o déficit da Previdência.

Machado, entretanto, fez questão de ressaltar que o governo federal pretende intensificar a melhoria na eficiência de gestão da Previdência pública, dando importância ao caráter social da Previdência, que, para ele, tem um lado importante, no sentido do impacto que gera sobre a demanda por bens e serviços. "(A Previdência) É um elemento fundamental que tira milhões de brasileiros da linha da pobreza", comentou. O ministro participou, em São Paulo, do 3º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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