Ministro afirma que morte de perita não justifica greve

Brasília – O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, disse que a morte da médica perita do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Maria Cristina Souza Felipe da Silva não justifica a greve da categoria, que na última quarta-feira (13) iniciou uma paralisação de dois dias.

?O triste acontecimento da morte da nossa perita de Governador Valadares também nos entristece e manifestamos nossa preocupação e nosso pesar à família e a todos os nossos servidores?, disse, após a cerimônia de sanção da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), no Palácio do Planalto.

A médica foi assassinada com quatro tiros na porta de sua casa, na última quarta-feira, em Governador Valadares, Minas Gerais. De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional de Médicos Peritos, Luiz Carlos Argolo, a morte pode ter ocorrido por motivos profissionais, já que a médica vinha recendo ameaças de morte.

Na última quinta-feira (15), a categoria decidiu, por meio de votação eletrônica, adiantar a greve por tempo indeterminado. Inicialmente, a paralisação estava prevista para começar no próximo dia 20.

Em relação à pauta de reivindicações da categoria, o ministro disse que foram incluídas questões ?inaceitáveis?. ?Começamos discutindo uma pauta de segurança. Agora começou a aparecer pauta para redução de horas de trabalho, que são coisas inaceitáveis nesse momento?.

Segundo ele, as medidas para melhorar o atendimento e as condições de segurança de trabalho estão sendo adotadas.

As negociações com os servidores, de acordo com Machado, têm sido constantes. ?Foi com muita surpresa que, mesmo com toda a negociação que vem sendo desenvolvida, as direções [sindicais] se posicionaram pela greve?, afirmou, acrescentando que os dias parados serão descontados da folha de pagamentos.

O ministro recomendou à população que compareça às perícias médicas no dia agendado. ?A grande maioria das agências está funcionando e a grande maioria das perícias está sendo realizada?, garantiu.

De acordo com Machado, caso a perícia não esteja sendo realizada a pessoa deve remarcar a consulta.

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