Depois de formalizar o novo desenho da política ambiental, com o desmembramento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o governo começa agora a enfrentar dificuldades para preencher os cargos criados, principalmente a presidência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O órgão criado ontem com a edição de uma medida provisória é resultado da divisão do Ibama, que ainda também não tem comando definido pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Nos bastidores, circula a informação de que o principal cotado para assumir a presidência da nova autarquia é Claudio Langone, que na quarta-feira se despediu da secretaria-executiva do ministério, substituído por João Paulo Capobianco. Langone disse ontem, ao jornal O Estado de S. Paulo, que não comentaria o assunto.
Para a presidência do Ibama, o nome preferido da ministra é o do atual diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Ele até já demonstrou interesse em assumir o posto, mas ainda não foi liberado da atual função na PF pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.
Além de ainda não ter o nome dos futuros presidentes do Ibama e do Instituto Chico Mendes, Marina está tendo de lidar com outro problema. Já anunciado secretário de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos (SRU), o ex-deputado Luciano Zica avisou que tem problemas pessoais para assumir o posto. Indagado sobre o assunto, Zica prefere não fazer comentários, mas a amigos contou que não tem certeza se aceita o cargo.