A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (8) que o desafio para os próximos anos será dar continuidade a uma agenda integrada entre os diversos ministérios no que se refere a pesquisas e inovações tecnológicas.

continua após a publicidade

?O mundo vive um momento especial, de desafios, onde os diferentes conhecimentos se completam e são essenciais para o desenvolvimento de qualquer área, principalmente a do meio-ambiente, que ainda é matéria nova?.

Na avaliação da ministra, as inovações  técnicas reforçam as tomadas de decisões. ?E as pesquisas têm nos ajudado a proteger e conservar a biodiversidade. Se considerarmos que países como o Brasil têm no seu Produto Interno Bruto [PIB, a soma de todas as riquezas produzidas por um país] cerca de 50%  da biodiversidade, sua destruição será também a destruição da economia?.

Como exemplo, Marina citou a escassez de água. Embora, segundo ela, o Brasil tenha 11% do total de água doce do planeta, o país tem sérios problemas de abastecimento em áreas onde não se preserva a  cobertura vegetal.

continua após a publicidade

A ministra acrescentou que a política ambiental brasileira tem avançado significativamente, fruto de uma estruturação focada em quatro diretrizes: desenvolvimento sustentável; controle e participação social; fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente; e política ambiental integrada.

Ela lembrou que, nos últimos três anos, o  Brasil criou 19.4 milhões de  hectares de unidades de conservação, combateu práticas ilegais, prendeu 400 pessoas envolvidas em crimes ambientais,  dentre eles,  muitos  funcionários do próprio Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

continua após a publicidade

No entanto, a maior mudança dói a da mentalidade do consumidor brasileiro, que, ao comprar um produto hoje, compra conceito.

?Ele quer saber de onde veio a matéria-prima, se envolveu trabalho escravo, em caso de ser  feito com madeira, quer saber se não foi retirada de alguma unidade de conservação?, observou. ?O consumidor  está consciente   e conseqüentemente,  está formando  o produtor consciente?.

Marina visitou hoje a Universidade Federal do Paraná. Ela se reuniu com o reitor Carlos Augusto Moreira e com professores de doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento.