Brasília – A Operação Navalha deflagrada pela Polícia Federal vai ajudar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no entender da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Acho que a descoberta dessa máfia é muito importante, porque vai ajudar o PAC a criar um ambiente muito mais preservado para as licitações", disse.
Para a ministra a operação mostra o fim da impunidade e o fato, defendido pelo presidente, de "se levantar o tapete e tirar todas as irregularidades". Segundo ela, a ação da Polícia Federal cria um temor àqueles que possam eventualmente querer fraudar licitações públicas de que não ficarão impunes."Não é tanto a pena que coíbe a ação indevida, mas sim a punição",afirmou.
A ministra quis, no entanto, deixar claro que o governo não está fazendo pré-julgamento sobre as pessoas presas na "Operação Navalha, que já deteve 46 pessoas, em nove estados brasileiros até o momento.
Sobre a prisão do prefeito de Camaçari (BA), Luís Caetano, na operação, a ministra disse que é lamentável a prisão do petista. "Eu vou reiterar não só para ele, mas para todos envolvidos de outros partidos, que todos têm que ser punido para o bem do Brasil",reiterou. Embora, a ministra voltasse a reafirmar que o governo não faz pré-julgamento e defende o direito de defesa das pessoas.
Mas Dilma Rousseff lembrou que os investigados são pessoas que tinham mais de até 30 anos no governo e se tiverem culpa no caso significa a descoberta de um esquema que já vinha ocorrendo em momentos anteriores.
Quanto ao fato das investigações serem sobre o principal programa de investimentos do governo, a ministra lembrou que a Polícia Federal considerou o fato "uma ameaça ao programa" e não uma fraude consumada, já que não tinha sido realizada nenhuma licitação.