Brasília – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu hoje (28) a divulgação de dados da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a compra superfaturada de ambulâncias com recursos públicos. O relatório provocou reações de líderes da oposição no Senado.
Segundo a ministra, a base das investigações sobre as fraudes surgiu na CGU. "Eu acho estranho alguém supor que o dado da CGU não possa ser divulgado. Ela é a origem. Se desagrada a alguns, problema deles", afirmou.
"O que não está certo é transformar uma operação de governo, que foi a Operação Sanguessuga (da Polícia Federal), em algo que seja objeto de disputa política. O que nós fizemos foi restaurar a verdade do fato. Nós não pretendemos fazer disputa nenhuma. As estatísticas não são estimativas. Elas são os números existentes hoje e isto que há de comprometimento", acrescentou.
O sub-relator de Sistematização da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), informou que a comissão não deverá notificar os quatro parlamentares citados pela Controladoria-Geral da União (CGU). De acordo com o deputado, os nomes citados não foram investigados e, além disso, não há indício de irregularidade ? nem na CGU nem na CPMI ? com relação a eles.
