A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje que um programa de desenvolvimento sustentável na Amazônia poderia aproveitar áreas já desmatadas e abandonadas, como forma de diminuir a pressão sobre a floresta. Marina apresentou hoje em audiência pública na Câmara Federal ações do plano de combate ao desmatamento da Amazônia.
" O que nós estamos buscando é um caminho consistente em que você junte a dinâmica do combate ao desmatamento com o processo produtivo, inclusive com um programa de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, utilizando os cerca de 160 mil Km2 de área desmatada e que estão abandonadas", explicou a ministra às comissões da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, ambas da Câmara. Segundo Marina, caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a tarefa de criar um projeto para uso sustentável da Amazônia.
De acordo com a ministra, o governo quer continuar realizando um conjunto de ações para evitar o processo "sanfona". "São um conjunto de ações estruturantes, ações consistentes que nós achamos que a única forma de combater o desmatamento. Antes se fazia uma medida não estruturante. Conseqüentemente, o índice de desmatamento caía durante dois ou três anos e depois voltava a crescer", contou ela.
A ministra diz que o plano na Amazônia inclui 142 ações coordenadas pela Casa Civil, que integrarão 13 ministérios. Segundo ela, o governo deverá gastar R$ 390 milhões até 2007 para combater o desmatamento. A ministra disse também que, desde 2003, foram criadas 27 delegacias de combate ao crime ambiental.