O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Valter Bianchini, disse hoje (13) que a possível inclusão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre os repassadores dos recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), "em caráter complementar", vai ampliar a meta de beneficiar 2 milhões de agricultores neste ano.
A proposta, feita ao presidente do banco, Guido Mantega, por deputados do Núcleo Agrário do PT, "é mais um passo para o aumento da oferta do crédito do Pronaf a lugares mais distantes e rumo a uma ampliação significativa do crédito", avaliou Bianchini.
O Banco do Brasil e o Banco do Nordeste já são parceiros do Pronaf. O secretário lembrou que a parceria com as cooperativas de crédito é importante, na medida em que elas cumprem o papel de instituição bancária em muitos municípios que não dispõem desse serviço. E informou que a safra 2005/2006, que se encerrará em junho, envolve uma oferta de crédito de R$ 9 bilhões e algumas linhas precisam ser melhor qualificadas.
Bianchini explicou que esse assunto ainda não começou a ser discutido internamente no governo, mas adiantou que "não há necessidade de crescimentos muito expressivos ? o que se busca agora é ampliar o crédito e também a qualificação". Ele esclareceu que muitas vezes, em determinadas regiões e devido à seca, há necessidade de diversificação de alternativas. O esforço do Ministério do Desenvolvimento Agrário, acrescentou, "será mais na busca do qualitativo do Pronaf".
O crédito continuará sendo ampliado, em termos de valores, mas a prioridade é a busca de uma qualificação maior desse crédito, reiterou o secretário.