O Ministério Público Federal em São Paulo recebeu hoje (12) 20 mil documentos bancários que podem impor novo revés ao ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) e a seus familiares. São extratos de instituições financeiras enviados pela Ilha de Jersey, onde Maluf teria depositado parte da fortuna de US$ 446 milhões que passou pela Suíça.
As informações, em inglês, estão arquivadas em uma pasta e em 3 CDs enviados ao Brasil há três semanas. Jersey levou 4 anos para atender ao pedido de colaboração das autoridades brasileiras. Os documentos foram endereçados ao Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça, que os repassou ao MPF. "Vou analisar todos os dados para depois tomar providência de caráter judicial", disse o procurador da República Rodrigo de Grandis, que investiga o caso.
O procurador anotou que ainda não dispõe de informações sobre os valores que Maluf teria enviado à ilha e se os ativos estão bloqueados. Sua primeira preocupação é traduzir os relatórios de movimentação financeira. Se encontrar dificuldades poderá convocar perícia. Maluf sempre negou possuir dinheiro na ilha.
