O Ministério Público do Rio Grande do Sul, através da Promotoria de Justiça Social, instaurou hoje (9) um processo investigativo para esclarecer os acontecimentos ocorridos na instalação da Aracruz Celulose no município de Barra do Ribeiro, no Rio Grande do Sul.
A empresa foi invadida ontem por um grupo de mulheres ligadas a entidades civis de defesa dos trabalhadores do campo. Elas destruíram parte das instalações da Aracruz. O gerente regional florestal da Aracruz Celulose, Renato Postirolla, informou que os prejuízos causados pela destruição chegam a US$ 400 mil.
A polícia civil gaúcha já investiga o caso, que será agora acompanhado pelo MP. A investigação será concluída pela Promotoria de Justiça de Barra do Ribeiro.
A assessoria do Ministério Público informou que, hoje, foi realizada uma reunião no gabinete do procurador-geral de Justiça, Roberto Bandeira Pereira, com a participação do promotor de Justiça da cidade, Daniel Soares Indrusiak, do chefe da Casa Civil do governo do estado, Pedro Bisch Neto, do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais Mauro Henrique Renner, do coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Eduardo Lima Veiga, e do corregedor-geral do Ministério Público, Mário Lisboa.
Ontem, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) divulgou nota condenando a invasão de instalações da empresa Aracruz Celulose. "Ao condenar a atitude do movimento, [o ministro Miguel] Rossetto salientou que ações dessa natureza nada têm a ver com o programa de reforma agrária, e, portanto, este é um assunto que deve ser tratado pelo Poder Judiciário", diz a nota.
