O Ministério Público denunciou hoje à Justiça Tarsio Wilson Ramires, José Michel Gonçalves Cardoso e Luiz Gonzaga Gonçalves Oliveira por triplo homicídio, furto qualificado e tentativa de incêndio. Eles são acusados pelo assassinato dos franceses Christian Pierre Doupes, Jerôme Marie Marc Faure e Delphine Claudie Douyere, em 27 de fevereiro, na sede da ONG Terr’Ativa, em Copacabana, onde os estrangeiros trabalhavam. As vítimas foram esfaqueadas até a morte. A previsão é de que os corpos sejam embarcados em um avião para a França à meia-noite de hoje.

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Ramires foi funcionário da ONG por oito anos e é apontado como mentor do crime. Ele teria convencido Cardoso e Oliveira a participarem em troca de R$ 2 mil. O motivo seria a descoberta, por Delphine, de que Ramires desviava dinheiro da ONG. O desfalque teria alcançado R$ 80 mil. Por isso, ela pretendia demiti-lo. "Ela começou a desconfiar de Tarsio em 2006 e contou a uma das testemunhas sobre sua desconfiança. É provável que o acusado tenha ficado sabendo e por isso decidiu organizar a ação criminosa", disse o promotor da 3.ª Vara Criminal, Marcos Kac.

Na denúncia, Kac afirma que os homicídios foram cometidos por motivo torpe e com emprego de meio cruel. Depois de matar os franceses, os acusados roubaram bens e dinheiro de um cofre. Eles ainda espalharam álcool no apartamento onde funcionava a Terr’Ativa, com a intenção de incendiá-lo, mas, de acordo com o promotor, não encontraram material com o qual iniciar o fogo. Além do álcool e de facas, os acusados chegaram ao local com luvas cirúrgicas, ataduras e máscaras. Durante o processo, Kac pretende ouvir nove testemunhas.

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