Durante audiência pública para discutir as implicações sociais e econômicas do plano de reestruturação anunciado no início de maio pela Volkswagen, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Mário Barbosa, pediu que a reestruturação da empresa seja feita com responsabilidade social. Ele lembrou que, em 1998, foi possível um acordo entre o sindicato e a Volks para que demissões fossem evitadas.
"O ministério coloca-se à disposição para mediar esse acordo a fim de evitar as demissões", prontificou-se Barbosa.
A deputada Dra Clair (PT-PR), autora do requerimento para realização da audiência, argumentou que as demissões, além de danos para as famílias, interferem negativamente em toda a cadeia produtiva e na economia do País.
Reestruturação na GM
Situação parecida à da Volkswagen vive a GM. O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), Vivaldo Moreira, que representa os trabalhadores da GM, lembrou que a montadora quer demitir 960 funcionários em São José dos Campos.
"Eles dizem que outros 900 postos serão abertos em Gravataí (RS). Não somos contra empregos no Sul, só não queremos a demissão em São José", ponderou Moreira.
O debate prossegue no plenário 8 e é promovido pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Trabalho, de Administração e Serviço Público.