O Ministério da Justiça abre investigações para tentar encontrar recursos que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) manteria no exterior para abastecer suas atividades no País. O Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça iniciou a enquete com base nas informações obtidas com a quebra do sigilo bancário dos líderes do grupo. A suspeita é de que o dinheiro coletado de assaltos a bancos, seqüestros e outros crimes possa estar sendo levado para contas no exterior que, mais tarde, alimentariam as finanças do grupo.
Segundo investigadores, os ataques realizados pelo PCC e suas atividades não requerem volumes importantes de dinheiro para ameaçar a segurança de um grande número de pessoas. "A lógica é a mesma do terrorismo", afirmou um dos investigadores que participam do caso. "Com pouco dinheiro o estrago que grupos como esse podem fazer é grande", afirmou.
No momento, o Brasil pede a colaboração judicial de mais de 30 países em cerca de 300 casos de envio de dinheiro para o exterior. Segundo o Ministério da Justiça, entre corrupção e dinheiro ligado ao crime, cerca de US$ 110 milhões estão em contas já bloqueadas no exterior.