Rio ? O primeiro passo para colocar em prática o Programa de Capacitação Tecnológica para Apoio a Industria Naval Brasileiro foi dado hoje (7) com a assinatura de convênio da ordem de R$ 32 milhões pelo Ministério de Ciência Tecnologia, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao ministério, a Petrobras, a Transpetro, subsidiária da estatal brasileira, e nove instituições de pesquisa do país, a maioria ligada a universidades públicas.
De acordo com o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, o acordo permitirá o desenvolvimento de tecnologia para aumentar a competitividade da indústria naval. "Tecnologia não é uma coisa que se compra, é conhecimento, algo que está na cabeça das pessoas. Desenvolver pesquisas é envolver universidades e centros de pesquisas que vão trabalhar cada item do projeto, é formar estudantes e mestres, produzindo recursos humanos capacitados para fazer com que a indústria seja competitiva", observou.
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que o convênio tem por objetivo gerar condições tecnológicas para que a indústria naval brasileira volte a ter lugar de destaque no mercado internacional, que movimenta hoje US$ 70 bilhões por ano. Segundo ele, a Petrobras e a Transpetro criaram condições para a recuperação competitiva dos estaleiros nacionais com o Programa de Modernização e Expansão da Frota, por meio da encomenda de 42 navios, sendo 26 em uma primeira fase.
O Programa de Capacitação Tecnológica é composto por oito projetos que identificam os maiores obstáculos para o crescimento do setor. Aos institutos de pesquisas caberá o desenvolvimento de soluções tecnológicas para modernizar a indústria naval brasileira, tornando-a competitiva internacionalmente. Dentre os projetos, estão o que visa o aperfeiçoamento dos processos de construção estrutural dos navios e um laboratório que simule desenhos de estaleiros para otimizar diferentes seqüências de montagem de uma embarcação.
