Representantes dos fiscais federais em greve foram recebidos hoje pelo secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. A reunião, intermediada pelo Ministério da Agricultura, sinaliza um primeiro passo do governo para as negociações com a categoria. Uma nova reunião deve ser marcada para amanhã (11) ou para segunda-feira (14), segundo informou um dos integrantes da comissão de negociação dos fiscais, Vaner Nunes.
Os fiscais agropecuários federais decidiram ontem (09) continuar a greve por tempo indeterminado. Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), Wilson Roberto de Sá, a greve, anunciada na última quinta-feira (3), permanece "até que a pauta de reivindicação seja atendida", afirmou. "Se resolvermos essa questão, a gente suspende a paralisação".
O vice-presidente da Anffa informou que 30% dos fiscais não paralisaram as atividades, como está previsto na legislação. "Nós continuamos com o atendimento ao foco de febre aftosa, essa emergência sanitária que está ocorrendo no Mato Grosso do Sul, e atendendo a essencialidade como manda a legislação", disse ele.
As principais reivindicações da categoria são o descontingenciamento de recursos para o Ministério da Agricultura em 2005 e 2006, concurso público para o cargo de fiscal agropecuário federal, criação de uma escola superior para treinamento dos fiscais, além de readequação do salário da carreira. A categoria tem 13 níveis, e a remuneração varia de R$ 2.800 a R$ 4.021. A Anffa pede que o piso seja elevado para R$ 4.140 e a remuneração do último nível passe para R$ 5.900.