O reconhecimento de uma área de cinco milhões de hectares, na qual está incluído o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, vai permitir o uso sustentável da região. Dessa forma, será possível a implantação de atividades de formação e pesquisa ou destinadas a incrementar a consciência pública sobre o valor das zonas úmidas nas comunidades locais. Tal reconhecimento permitirá também a arrecadação de fundos para a proteção ambiental.

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O conjunto de ilhas de Abrolhos é a principal zona pesqueira da Bahia e contribui com 80 mil empregos ligados ao turismo. O arquipélago abriga várias espécies endêmicas, corais únicos no mundo, é área de reprodução de muitos peixes e de baleias e local de parada e de procriação de aves. Lá também estão os chamados chapeirões, recifes com até 50 metros de diâmetro e 25 de altura, reconhecidos como a maior formação do gênero no Atlântico Sul.

Para garantir o reconhecimento, que funciona como um "selo" de qualidade ambiental, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Conservação Internacional vão apresentar ao secretariado da Convenção de Ramsar uma proposta de inclusão da área brasileira. A proposta da indicação do MMA será levada à 9ª Conferência das Partes da Convenção, que será realizada em novembro, em Uganda.

A Convenção sobre Zonas Úmidas das Nações Unidas foi adotada na cidade de Ramsar, no Irã, em 1971, e ratificada pelo Brasil em 1996. Antes, porém, da proposta ser apresentada na África, ela será debatida com outros ministérios, como da Defesa e da Ciência e Tecnologia, organizações não-governamentais, sociedade civil e instituições de ensino e pesquisa.

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Atualmente, existem no Brasil, reconhecidos como sítios Ramsar, os parques Nacional da Lagoa do Peixe (RS); Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luiz; Nacional do Araguaia (TO); Nacional do Pantanal Matogrossense (MT); as reservas Particular do Patrimônio Natural do Sesce no Pantanal; de Desenvolvimento Sustentado Mamirauá (AM) e as áreas de proteção ambiental da Baixada Maranhense e das Reentrâncias Maranhenses.