Brasília – O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, disse estar surpreso com a greve iniciada pelos funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 19 estados e no Distrito Federal. A paralisação deve durar mais dois dias. Segundo Machado, o governo desde o início do ano já reajustou os salários – a medida estava prevista no acordo que terminou com a greve no ano passado.
Outra reivindicação dos grevistas é o plano de carreira da categoria. O ministro respondeu que, no acordo de 2005, o governo teria prazo até o dia 30 de junho deste ano, podendo prorrogar por mais 30 dias, para apresentar o plano de carreira da categoria. "Avaliamos que é uma greve injusta, todas as cláusulas que nós negociamos com as federações foram cumpridas. Estamos fortemente empenhados na construção de uma carreira dos servidores da previdência e do INSS", disse Machado.
"Julgamos que isso [o plano de carreira] é fundamental para os nossos servidores, é fundamental para a previdência social e é fundamental para a sociedade brasileira que precisa ter uma organização forte, saudável, com servidores comprometidos com a missão de atender bem aos trabalhadores e trabalhadoras que procuram os benefícios da previdência social", afirmou. Em nota, o Ministério da Previdência considera a paralisação da categoria como um fato grave, pois representa o rompimento do termo de compromisso firmado em setembro de 2005.