O ministro das Cidades, Olívio Dutra, assinou hoje dois convênios com o governo
do Paraná, para construção de 6.031 moradias do programa Casa da Família. São
2.338 unidades, com 40 a 60 metros quadrados, do programa Casa da Família/FGTS,
que serão construídas em diversos municípios paranaenses para famílias com renda
de dois a cinco salários mínimos.

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Está prevista também a construção de
3.693 unidades do projeto Casa da Família/Programa de Subsídio à Habitação de
Interesse Social (PSH). Segundo o ministro, esse programa foi reeditado no atual
governo para atender também a demanda na área rural. Os subsídios são concedidos
na hora da assinatura do contrato de crédito habitacional junto às instituições
financeiras habilitadas a operar o programa.

O ministro assinou ainda
convênio com a prefeitura de Curitiba para atender 720 famílias cadastradas no
Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Esse programa deveria ser extinto no
final de 2003. Entretanto, disse o ministro, o governo decidiu o contrário,
ampliá-lo, para que tivesse mais abrangência social. Para tanto, foram injetados
recursos de R$ 1 milhão no ano passado e mais R$ 1 milhão neste ano para que
famílias com renda entre 3 e 6 salários mínimos possam morar com dignidade. O
programa só atende as regiões metropolitanas.

Os três convênios firmados
hoje em Curitiba envolvem recursos da ordem de R$ 83,60 milhões. São R$ 23
milhões do PAR, R$ 16,60 milhões do PSH e R$ 44 milhões do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS).

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Olívio Dutra disse que convênios como esses
representam "o foco da política habitacional do presidente Lula, executado pelo
Ministério das Cidades e operado pela Caixa Econômica Federal , numa parceria
com governos estaduais e municipais". A meta do governo é construir casa de
qualidade para a população brasileira que tem renda mensal inferior a cinco
salários mínimos, pois, segundo o ministro, é nessa faixa que se concentram 90%
do déficit habitacional brasileiro. Ele lembrou que existe hoje, em todo o país,
um déficit de 7,2 milhões de unidades habitacionais, das quais 5 ,5 milhões nos
centros urbanos e 1,7 milhão no meio rural .

De acordo com o ministro, a
esses números devem ser somados 10,8 milhões de domicílios urbanos desprovidos
das mínimas condições de infra-estrutura e saneamento ambiental. Ele acrescentou
que foi essa realidade que levou o governo do presidente Lula, através do
Ministério das Cidades, a enfrentar a questão habitacional, priorizando os
recursos públicos para famílias de baixa renda. Para isso, lembrou Olívio Dutra,
não hesitou em modificar alguns critérios na legislação para que os
empreendimentos voltados para a classe média fossem retomados pela iniciativa
privada.

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A realidade, entretanto, não pode ser maquiada, disse o
ministro. "Todos os problemas brasileiros, incluindo o déficit habitacional, só
se resolverão se cada um, do trabalhador ao empresário, fizer sua parte",
afirmou.