Ministério da Saúde tenta prevenir doenças com pesquisa telefônica

Brasília – Se o telefone tocar e for do Ministério da Saúde, prepare-se para uma longa conversa e muitas perguntas. As ligações começam nesta quarta-feira (2) e vão durar quatro meses, com o objetivo de conhecer hábitos alimentares e físicos da população e prevenir as chamadas doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e tabagismo, entre outras.

O Vigitel, sistema de vigilância de fatores de risco para doenças crônicas, foi divulgado hoje pelo ministro da Saúde, Agenor Álvares. ?Queremos fazer um levantamento sobre as condições de vida dos brasileiros e pensar políticas mais direcionadas?.

O ministro prevê um total de 27 mil entrevistas, sendo mil por capital, na primeira fase. Os dados serão divulgados em dezembro. Segundo ele, a pesquisa será feita por telefone por ser um modo ágil, contínuo e mais barato do que pessoalmente. O custo vai girar em torno de R$ 1,28 milhão.

O questionário vai durar em média nove minutos e terá 89 perguntas. Ao final do processo, o banco de dados terá informações sobre as características demográficas e sócio-econômicas de grupos diversos e conhecerá seus hábitos de consumo de cigarros e bebidas alcoólicas.

De acordo com o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Carlos Augusto Monteiro, os números dos participantes serão sorteados através dos cadastros telefônicos. ?A ligação será anônima. Somente o primeiro nome, idade e sexo serão necessários, e cairão direto em um banco de dados?.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de vítimas fatais das doenças crônicas não transmissíveis aumentou mais de três vezes da década de 30 para cá. Hoje, elas são responsáveis por duas em cada três mortes de brasileiros.

O questionário por telefone, coordenado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, já foi utilizado em cidades como São Paulo, Belém, Florianópolis e Goiânia.

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