O Ministério da Saúde quer reunir informações que permitam elaborar indicadores demográficos e de saúde e nutrição das mulheres em idade fértil e de crianças menores de 5 anos. Com os dados, o governo pretende avaliar os avanços alcançados nessas áreas nos últimos dez anos e formular novas políticas e estratégias de ação.

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Até o dia 12 de setembro serão selecionadas instituições interessadas em participar da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – Brasil 2005. Serão investidos R$ 9 milhões dos orçamentos das secretarias de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e de Atenção à Saúde.

Além de dados demográficos, a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde da Mulher e da Criança (PNDS) deverá revelar informações importantes, como incidência de anemia por falta de ferro (anemia ferropriva) e de deficiência de vitamina A em mulheres em idade fértil e em crianças menores de cinco anos, verificando diferenças regionais e fatores de risco.

Com base nessas informações, o ministério pretende realizar análises sobre a condição alimentar (segurança ou insegurança) das famílias brasileiras. Alguns estudos isolados e de abrangência limitada indicam que a deficiência desses micronutrientes é um problema de saúde pública, especialmente em áreas ou populações mais pobres. Os dados, porém, não permitem traçar um quadro nacional ou mesmo determinar tendências.

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A Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde da Mulher (PNDS) coletará dados nos domicílios, por amostragem. O universo será composto por aproximadamente 15 mil mulheres, entre 15 e 49 anos, e 5 mil crianças menores de cinco anos. A metodologia da pesquisa inclui o preenchimento de questionários que fornecem dados sobre saúde reprodutiva da mulher, história de nascimentos, anticoncepção, esterilização, planejamento da gravidez, aleitamento materno, vacinação e saúde, casamento e atividade sexual da mulher, entre outros.

"Esse universo permitirá calcular estimativas independentes para cada uma das cinco regiões brasileiras e para os estratos urbanos e rurais", assegura a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Suzanne Serruya.

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O novo edital, lançado em parceria com a Unesco, permite a participação de indivíduos, grupos de pesquisadores, instituições de ensino ou pesquisa públicas, privadas, filantrópicas ou organizações não-governamentais. Os pesquisadores devem estar vinculados a instituições de ensino ou pesquisa ou, então, a organizações não-governamentais.

A PNDS da Mulher e da Criança foi planejada para permitir a comparação com as pesquisas anteriores realizadas dentro do Programa Mundial de Pesquisas de Demografia e Saúde – DHS, desenvolvido pelo Macro International Inc. Para conhecer o edital, os interessados podem acessar a página do Decit (www.saude.gov.br/sctie/decit).