O Ministério da Saúde lança hoje (8) com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba uma campanha para popularizar a política de teste rápido e a ampliação do acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV, o vírus da aids.
Segundo a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão, com o diagnóstico precoce há a garantia do tratamento e do acompanhamento do paciente: "Tomando a medicação correta qualquer pessoa pode ter uma vida saudável".
O resultado do teste rápido fica pronto em até 30 minutos. Uma vantagem, segundo Simão, é que o paciente que tiver resultado positivo para o vírus da aids recebe na hora aconselhamento e encaminhamento para as consultas, tudo de forma sigilosa e gratuita.
É a primeira vez que é feita campanha com uso do teste rápido para diagnóstico da infecção pelo HIV. Durante todo o dia os testes poderão ser realizados nas 26 unidades de saúde do município. A partir de segunda-feira (10) o teste será feito apenas no centro de Orientação e Acompanhamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis, em Curitiba.
Mariângela Simão explicou que até agora o teste rápido de aids era utilizado para atender populações que residem em áreas de difícil acesso, principalmente no Amazonas, e em gestantes que não fizeram teste anti-HIV até o momento do parto. Até o julho ele deve ser realizado em outras capitais brasileiras. O Ministério da Saúde, pretende, segundo a diretora, implementar nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) de todas as capitais.
Desde que a aids começou a ser monitorada em Curitiba, em 1984, foram registrados 7.550 casos (5.093 homens e 2.457 mulheres). Atualmente, no município, cerca de 3,2 mil pessoas estão sob acompanhamento médico e fazendo o tratamento com medicamentos.
Em todo o Paraná, foram notificados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, de 1984 a 2006, 16.644 casos de aids, 15.937 dos quais ocorreram em adultos e 707 em crianças com menos de 13 anos. As cinco cidades com maior número de casos são Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Paranaguá. A maior incidência está em Paranaguá e a média de casos novos no Estado é de 1.300 por ano.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, desde a década de 80, já foram notificados 370 mil casos de aids e hoje cerca de 170 mil pessoas estão em tratamento.