Dentistas da rede pública de saúde, de vários municípios paranaenses, atuantes nas áreas de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, estão sendo capacitados, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), para atuarem como facilitadores de conhecimento em suas cidades de origem.
Iniciada, hoje (5), a oficina pedagógica prossegue até sexta-feira, no auditório da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), câmpus universitário.
A iniciativa faz parte de um projeto de extensão promovido pelo Ministério da Saúde, desde 205, com o objetivo de permitir uma formação permanente dos cirurgiões dentistas em todo o Brasil, quanto à questões como epidemiologia, biossegurança, vulnerabilidade, discriminação e estigma.
Os 16 dentistas paranaenses que passaram pela primeira capacitação, no ano passado, em Florianópolis, são os mesmos que estão fazendo a oficina na UEM. Dois deles atuam como monitores do Ministério da Saúde no Estado, incluindo a professora Lílian Cristina Vessoni Iwaki, do Departamento de Odontologia (DOD), da UEM.
Tanto ela como a dentista Adriana de Castro Martinez Martins, de Cascavel, dão suporte ao trabalho de capacitação, orientando os outros 14 profissionais pelo telefone ou a Internet.
Nos meses seguintes, eles terão a missão de repassar, aos demais colegas da rede pública de saúde de seus municípios, os conhecimentos obtidos nesta oficina. Em Maringá, por exemplo, a coordenadora municipal em DST/Aids, Marta Evelyn Storti, e a coordenadora municipal de saúde bucal, Letícia Padovez, irão coordenar, de 28 a 30 de agosto, uma oficina para os dentistas atuantes nos postos de saúde da cidade.
Na abertura do evento, Storti ressaltou a importância de levar a nova abordagem para a rede de atenção básica. O coordenador estadual em DST/Aids, Christian Mendes Alcântara, disse que o pilar do SUS é a atenção básica, onde se concentram 80% dos atendimentos no Sistema Único de Saúde. Segundo ele, é preciso ampliar a ética humanista no tratamento de DST/Aids.
O coordenador nacional de saúde bucal, Gilberto Alfredo Pucca Júnior, afirmou que a área de saúde bucal no Brasil tem sido tradicionalmente elitizada e este projeto visa inverter a situação, popularizando o atendimento.
O diretor do Centro de Ciências da Saúde, Vanildo Rodrigues Pereira, destacou a parceria dos departamentos ligados ao CCS em benefício da sociedade. De acordo com ele, a oficina se reveste de uma importância acadêmica muito grande. E ainda ressaltou o trabalho do DOD.