O Ministério da Justiça vai rastrear no exterior as contas das quais foi enviado dinheiro para a empresa Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça, nas Bahamas.

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"Se o dinheiro for de origem ilícita, o governo brasileiro vai trabalhar com o bloqueio e a repatriação de todo o dinheiro", disse Cláudia Chagas, secretária Nacional de Justiça, após reunir-se com o presidente da CPI do Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS) e outros integrantes da comissão.

"A idéia é descobrir quem alimentou as contas", disse Cláudia. Segundo ela, o Ministério vai rastrear não só o dinheiro que entrou na conta de Duda Mendonça, mas também quem alimentou as contas que enviaram recursos para o publicitário.

Cláudia Chagas acredita que num prazo de 30 dias o governo deverá obter as primeiras informações sobre a origem desse dinheiro no exterior. De acordo com o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator da CPI, o Ministério da Justiça deverá, através da Polícia Federal, encaminhar ainda hoje pedido de quebra do sigilo bancário da conta de Duda Mendonça no exterior.

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"Se houver caracterização de corrupção ou evasão de divisas, será pedida a indisponibilidade e a repatriação dos recursos", disse.

"A CPI e o Ministério da Justiça vão trabalhar em conjunto para rastrear as contas no exterior a partir da conta do Duda Mendonça", reforçou Delcídio Amaral. A CPI já sabe que a empresa de Duda Mendonça (Dusseldorf) é nas Bahamas, mas a conta foi aberta no Banco de Boston em Miami. Isso facilitará a eventual repatriação dos recursos, uma vez que o Brasil tem um acordo com os Estados Unidos para combater lavagem de dinheiro.

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