O ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, enviou um representante do Ministério da Justiça para acompanhar o terceiro julgamento do massacre de Eldorado de Carajás, no Pará. O ouvidor Pedro Montenegro está no Tribunal de Justiça do estado, acompanhando a avaliação de recursos de advogados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e promotores do Ministério Público. De acordo com ele, a sessão no tribunal começou a cerca de uma hora e meia. "Acredito que em mais. no máximo, duas, horas, a sessão acabe", calcula Montenegro.

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O massacre de Eldorado de Carajás é o nome dado à ação policial que deixou 19 sem-terras mortos em uma operação de desbloqueio na rodovia PA-150, em 1996. Doze policiais e 69 sem-terras ficaram feridos. Os comandantes da operação, coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, foram condenados, mas aguardam a avaliação dos recursos em liberdade.

No julgamento desta sexta-feira, o MST e o Ministério Público pedem a condenação dos 145 policiais que participaram da operação. Os advogados de defesa dos soldados defendem a tese de que os tiros foram disparados para o alto. Já os advogados dos comandantes da operação querem que as penas sejam revistas. Eles argumentam que os respectivos clientes não ordenaram os assassinatos.

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