O orçamento é pequeno, a estrutura, precária. Mesmo com poucos recursos, o Ministério da Cultura tem planos ambiciosos para sua atuação. Quer romper com o modelo de gestão liberal que marcou os últimos anos e retomar o poder sobre a produção cultural no País. ?Vamos interferir de maneira marcante na política cultural. Mas não de uma forma autoritária ou burocrática. Será um ajuste no mecanismo para corrigir os desvios que apareceram pelo caminho?, afirma o secretário-executivo do ministério, Juca Ferreira.
Para isso é preciso dinheiro, e o ministério hoje recebe 0,28% do orçamento – o equivalente a R$ 264.811.252. Como não há esperança de fazer a verba aumentar, novas fontes de recursos estão sendo discutidas. Uma delas é a criação da Loteria Cultural, um concurso federal em que parte considerável da renda iria para os cofres do ministério. Por enquanto, fala-se de 40% a 50% dos lucros obtidos.