Ministério da Agricultura reconhece erradicação do mormo no Paraná

O Ministério da Agricultura restituiu ao Paraná a condição de área livre do mormo, doença causada por uma bactéria conhecida como Burkolderia mallei, que acomete eqüinos, e de forma mais grave asininos e muares. O estado estava na condição de zona infectada desde o início do mês de agosto, quando foi registrado um caso isolado da doença num haras do município de São José dos Pinhais.

O cavalo doente foi transportado clandestinamente da região de Indaial, em Santa Catarina, para o Paraná. Logo que percebeu os sintomas, o proprietário do animal comunicou ao Ministério da Agricultura e ao Defis – Departamento de Defesa, Fiscalização e Sanidade Agropecuária da Secretaria da Agricultura. Após a notificação, técnicos do Defis tomaram todas as medidas de prevenção e de defesa, inclusive sacrificando o cavalo afetado, para evitar que outros animais fossem contaminados.

Depois dessa ocorrência, por determinação do Secretário Orlando Pessuti, a SEAB provou, através de um minucioso trabalho de rastreabilidade, que se tratava realmente de um fato isolado, com um único animal doente, procedente de outro Estado.

A partir de agora, por determinação do Ministério da Agricultura, o Paraná fica dispensado da obrigatoriedade de exames que comprovam a doença, exigidos até então para animais que participam de leilões, exposições, atividades esportivas ou que viajam para fora do Estado. A única restrição, segundo o diretor do DEFIS, Felisberto Baptista, é com relação a viagens internacionais . Até o dia 31/01/05 os eqüinos não vão poder ser comercializados ou participar de exposições em outros países, pois estão condicionados às regras internacionais. ‘Outro detalhe importante é que agora, por ser o Paraná zona livre do Mormo, os animais que saírem daqui para participar de eventos em outros Estados, na volta terão que trazer exame comprovando estar livres da doença", explicou Baptista.

O rebanho paranaense de eqüinos é de 238.000 cabeças, sendo que 67.210 animais foram vendidos para abate, recria ou reprodução.
Laboratório

O Ministério da Agricultura também acaba de credenciar o Centro de Diagnóstico Marcos Henriette (laboratório da SEAB), para realizar testes de Mormo. Antes, o material colhido no Paraná tinha que ser enviado para laboratórios de São Paulo ou Recife. Agora o Marcos Enriette é o único do sul do país a fazer esse tipo de exame. 

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