Mineradora de MG assumirá despesa imediata com lama

Após reunião com promotores e procuradores de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, representantes da Mineradora Rio Pomba Cataguases assinaram hoje um "termo de compromisso" preliminar para arcar com despesas imediatas de socorro às cinco cidades atingidas pelo rompimento, na madrugada da quarta-feira, de uma barragem de contenção de rejeitos da empresa. Pelo menos dois bilhões de litros de lama foram despejados em rios da região, atingindo os municípios de Miraí, Muriaé e Patrocínio do Muriaé (MG), Laje do Muriaé e Itaperuna (RJ). Os prejuízos serão calculados pela Defesa Civil e as prefeituras

Enquanto o diretor industrial da mineradora, Carlos Gilberto Ferlini, afirmava que a empresa também é uma "vítima das chuvas" e que o rompimento da barragem foi uma "fatalidade", o secretário de Meio Ambiente de Minas, José Carlos Carvalho, reafirmou que as atividades da Rio Pomba foram interditadas definitivamente. O secretário foi categórico ao apontar que "a responsabilidade objetiva de tudo o que aconteceu" é da mineradora.

As autoridades políticas mineiras sugerem uma ação penal contra a empresa, mas os representantes do Ministério Público têm sido cautelosos. De acordo com a promotora Shirley Fenzi Bertão, a mineradora deverá responder na área cível e indenizar os prejuízos causados. A responsabilidade criminal, no entanto, segundo ela, "é subjetiva" e dependerá do levantamento das causas do rompimento.

O diretor industrial da Rio Pomba, disse que a interdição permanente representa o "fim da empresa" e a perda de 220 empregos diretos na região. A mineradora deu início a um novo empreendimento de exploração de bauxita em Miraí, mas o governo estadual já adiantou que não irá conceder licença de operação.

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