Militares e policiais trocaram, na manhã de hoje (6), tiros com bandidos no morro da Providência, no bairro da Saúde, região portuária da cidade. O confronto foi o momento de maior tensão desde sexta-feira (3), quando o Exército ocupou favelas para recuperar dez fuzis e uma pistola roubados de uma unidade militar.
Na madrugada de ontem (5), militares já haviam sido atacados com uma bomba de fabricação caseira. Hoje de manhã, pessoas não identificadas dispararam tiros, e os homens do Exército e da Polícia Militar, que também participa da operação, revidaram.
Segundo o assessor de imprensa do Comando Militar do Leste, coronel Fernando Lemos, não houve feridos em nenhum dos dois episódios, e a situação já foi contornada. Ele disse que o Exército não quer confronto e pretende agir com todo cuidado para poupar a população, mas vai responder sempre que houver ataque a suas tropas.
A estratégia das ocupações é cercar as áreas para cumprir mandados judiciais de busca e apreensão. Também têm sido revistadas pessoas em situação suspeita. Os serviços de Inteligência da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e da Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do estado estão trabalhando na análise de informações. Na parte operacional, o Exército tem apoio das polícias Civil e Militar.
Lemos informou que o comandante do Exército colocou à disposição do Comando Militar do Leste o efetivo que for necessário. Um destacamento precursor, vindo de Brasília, já está no Rio trabalhando no planejamento do emprego de tropas nacionais que podem vir a acionadas.
Depois de quatro dias de operação, apesar de várias denúncias, nenhuma apreensão foi realizada. O Comando Militar do Leste trabalha com a hipótese da participação de ex-integrantes do Exército no caso, mas, até agora, não há nenhuma informação conclusiva a respeito.
