Os três militares chilenos que na quarta-feira caíram com seu veículo em uma fenda de 40 metros de profundidade na Antártida foram encontrados mortos, informou nesta sexta-feira o exército do Chile.
O comandante-chefe da instituição, general Javier Urbina confirmou o resgate dos corpos à meia-noite de quinta-feira, sendo em seguida transferidos para o refúgio "Abrazo de Maipú", distante cerca de 17 km da base chilena de O’ Higgins, onde trabalhavam os militares acidentados.
Em Punta Arenas, no extremo austral do país, o general José Miguel Piuzzi, chefe do comando logístico do exército, indicou que a morte dos três militares provavelmente foi causada pelo choque de sua queda de pelo menos 30 metros na fenda.
"O impacto foi muito grande", disse o general Piuzzi, acrescentando que as três vítimas ficaram presas no destruído veículo. Piuzzi informou que dois dos corpos foram resgatados com a ajuda de uma patrulha de socorristas argentinos que chegou ao local para colaborar com as tarefas.
A tragédia ocorreu na tarde da última quarta-feira, quando uma patrulha de nove militares regressava à sua base. Sete deles viajavam num carro movido a esteiras, que caiu repentinamente na profunda fenda. Os três militares que viajavam na parte posterior do carro conseguiram romper os vidros e subir à superfície com a ajuda dos que iam em uma moto de neve e que escaparam do buraco.
O exército tinha a esperança de que o equipamento usado pelos militares, um capitão e dois suboficiais, lhes permitisse sobreviver, embora o veículo tivesse sido bastante destruído na queda.
Apesar do mau tempo, que impediu a chegada ao local de um avião e um helicóptero da força aérea, os resgatistas puderam recobrar os corpos dos companheiros.
Há duas semanas, um acidente similar matou dois militares de uma base antártica argentina.