Militantes partidários protestam contra Bush em Natal e Curitiba

Cerca de 100 militantes do PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado -, sindicalistas, órgãos públicos e populares, protestaram hoje (5) contra a presença do presidente George W. Bush na América Latina, no calçadão da rua João Pessoa, no centro de Natal. Aos gritos de "Chega de bomba e de rapina, fora Bush da América Latina!", os militantes pisaram na bandeira americana. Com um tecido gross,o a bandeira americana demorou a pegar fogo e chamou a atenção de poucos transeuntes que passavam pelo local.

Dario Barbosa, presidente regional do PSTU, disse que o ato é contra Bush e o seu aliado Lula, e "um não à política imperialista do presidente americano pelo mundo afora e ao processo de recolonização da América Latina". "Nós mantemos relações com sindicatos de trabalhadores dos Estados Unidos, que também apresentam posições críticas contra a ação intervencionista do presidente Bush", afirmou.

A mobilização foi apoiada por membos do Psol, fração trotkista, bancários e petroleiros. "Fizemos questão de não deixar despercebida a nossa repulsa à presença de Bush no Brasil e na América Latina", destacou Barbosa. A manifestação foi pacífica.

Em Curitiba também houve protestos sem muito alarde. Organizado pela Coordenação dos Movimentos Sociais contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o ato despertou pouca atenção de que passava pela Boca Maldita, pouco de manifestações do centro da capital paranaense. "É bobeira", disse o comerciário Paulo Gomes.

Não é o que acham cerca de 50 militantes de movimentos sociais e de partidos políticos, particularmente o PC do B, o único a hastear bandeiras com seus emblemas. O ponto alto da manifestação foi a queima de uma bandeira dos Estados Unidos, sob aplauso dos militantes. "O Bush representa a violência, a guerra, a desigualdade", acentuou o presidente municipal do PC do B, Joel Benin.

O presidente do PT de Curitiba, Adenival Gomes, também apareceu no protesto. "O Bush conseguiu colocar a parte mais à esquerda do mundo contra ele. É uma façanha", ironizou. Mas ponderou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa recebê-lo bem, em razão das relações comerciais entre os dois países. "Acho corajoso o que o Hugo Chavez (presidente da Venezuela) fez ontem (4), mas do ponto de vista de um chefe de Estado não sei até que ponto é válido", disse.

Já a representante das Comunidades Eclesiais de Base, Maria Izabel, reprova a atitude do presidente brasileiro. "Não dá para saber se o Lula é refém ou protagonista nessa política dos EUA", afirmou. "Mas se o Lula estiver fazendo aliança com o Bush, nós teremos de ser contra ele, porque o povo quer uma participação popular."

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