Os milionários dos próximos anos virão cada vez mais de países emergentes e serão cada vez mais jovens. Esse é o perfil traçado pelos gestores de fortunas na Suíça, especializados há séculos em administrar os recursos de milionários de todo o mundo.

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Segundo dados do Credit Suisse, um dos maiores bancos do mundo, o volume de dinheiro nas mãos desse grupo de pessoas privilegiadas e com contas correntes com mais de US$ 1 milhão cresceu mais de 100% em apenas dez anos.

De acordo com os cálculos, esse grupo tem mais de US$ 33 trilhões em suas mãos hoje, ante US$ 16 trilhões em 1996. Os estoques de recursos com essa parcela da população mundial vêm aumentando em média 8% ao ano por mais de uma década, e os bancos não têm sinais de que isso irá mudar.

A nova tendência, porém, não se limita à acumulação cada vez maior de recursos. Um crescente número de milionários está surgindo nos países em desenvolvimento. Para o presidente do Credit Suisse, Walter Kielholz, o "motor de crescimento" do setor de private banking nos próximos anos será a Ásia e América Latina. Nos últimos três anos, as maiores taxas de crescimento do setor foram verificadas na Coréia do Sul, Índia e Rússia.

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Diante do fenômeno, vários bancos suíços já abriram escritórios em Xangai. O Brasil também tem sido alvo de atenção dos bancos de Genebra e Zurique, que estão ampliando cada vez mais seus departamentos especializados nos mercados latino-americanos. Em 2005 e 2006, três bancos – entre eles o UBS e o Credit Suisse – fortaleceram suas posições no Brasil, em busca desses novos milionários e de oportunidades de investimentos.

Outro fator que vem chamando a atenção dos banqueiros é o fato de que volumosos recursos serão transferidos nos próximos anos. Com a geração "baby boom" (nascida após a 2ª Guerra Mundial) atingindo a idade de aposentadoria, a transferência de riqueza deverá chegar a US$ 40 trilhões nos próximos anos.

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