Continua a rosca sem fim da existência de focos de febre aftosa em território paranaense. Técnicos do Ministério da Agricultura admitiram a existência da doença animal, baseados nos laudos laboratoriais já prontos.

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A notícia, porém, precisava da confirmação oficial, que veio somente no início da noite de ontem. Mesmo assim, o imbróglio continua e a pecuária paranaense está diante de um dilema inquietante: convive ou não com a aftosa?

E os compradores tradicionais da carne e derivados produzidos aqui, com destaque para o mercado internacional, até quando manterão suspensas as compras? Obrigados a buscar outros fornecedores, continuarão adquirindo parte da produção estadual, conquista lograda com base em suposta qualidade sanitária e tecnológica?

Esta é, segundo o figurino do atual governo, mais uma das situações intrínsecas à malha de insegurança demonstrada por todos os escalões do Executivo federal, onde até as decisões rotineiras e comezinhas dão margem a novas complicações, como no interminável enredo das mil e uma noites.

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Ora, é um descaso sem precedentes com a economia agropecuária a inação de um governo que não pode concluir em definitivo, dentro de prazo mínimo e responsável, se há ou não bovinos contaminados por quaisquer doenças.

As perdas acumuladas pela pecuária paranaense com a interrupção das vendas parecem não impressionar as autoridades, que se comportam como se o governo fosse uma casa onde todos gritam e ninguém tem razão.

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