O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse hoje que não há razão para grandes mudanças na equipe do ministério. Ele informou que mesmo no caso do BNDES não deve haver uma mudança abrupta. "Se pensarmos em termos históricos, como foi a primeira nomeação para o BNDES (no governo Lula) fatos que se seguiram à nomeação e como era a relação entre o BNDES e o ministério na época, seria muito difícil ter uma decisão abrupta", disse Miguel Jorge, se referindo à escolha, na época, de Carlos Lessa para o BNDES, pelo presidente Lula.
"Acho que o ministro Guido Mantega (da Fazenda) foi fundamental como peça de transição na época, porque vocês se lembram, foi público e notório que havia um estresse bastante grande entre o presidente do BNDES e o Ministério do Desenvolvimento. Então era preciso uma distensão lenta e gradual, para que houvesse essa transição. Agora acho que as coisas estão colocadas em outro pé, em absoluta normalidade", afirmou.
Miguel Jorge reafirmou que o BNDES continuará ligado ao ministério. "Não há uma questão política nesse processo. Houve uma questão de política, mas de anos passados, que eu acho que está no lixo da história", afirmou.
Miguel Jorge já sofreu a primeira baixa no segundo escalão do Ministério. O secretário de Desenvolvimento da Produção, Antonio Sérgio Mello já comunicou a ele que está se aposentando e que irá para a iniciativa privada.
